Autor/a

Gilberto Guimarães (Universidade Anhembi Morumbi)

A integração da família em uma nova cidade pode ser uma causa importante de sucesso ou de fracasso de um processo de expatriação profissional. Quando os profissionais recebem uma proposta de trabalho em que existe a necessidade de uma mudança geográfica, de cidade ou de estado ou até de País, os aspectos financeiros, culturais, a carreira do cônjuge e a escolar das crianças são as principais preocupações evocadas. O objetivo deste estudo foi acompanhar a família de executivos em mobilidade geográfica por um período de seis meses avaliando o sucesso da mudança. Considera-se como sucesso na mudança a permanência do executivo na cidade e na empresa. O método utilizado foi qualitativo exploratório, em um universo de 124 famílias, cujo executivo foi transferido de uma cidade do Estado do Rio Grande do Sul para uma cidade do interior do estado de São Paulo, em função da transferência da unidade produtiva da empresa. Os dados foram coletados por intermédio de entrevistas com os executivos e com os cônjuges, com frequência quinzenal, a primeira, um mês antes da mudança e as demais, durante os primeiros seis meses na nova cidade. A análise dos resultados mostrou que os executivos cujas famílias se adaptaram na nova cidade permaneceram no novo local e na empresa. Os profissionais cujas famílias não se adaptaram, não permaneceram na nova cidade e alguns não permaneceram nem mesmo na empresa. Os fatores mais importantes da adaptação familiar foram, pela ordem: primeiro, o fato do cônjuge ter conseguido recolocação profissional no novo local; segundo, os filhos terem conseguido uma fácil adaptação na nova escola e tanto cônjuge quanto filhos terem desenvolvido novas amizades. Considera-se que a integração social da família do executivo em mobilidade, em uma nova cidade, é fator fundamental no sucesso de programas de expatriação.

Palabras clave: Mobilidade, expatriados, hospitalidade, organização.